quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Caipirinha de Tangerina, hortelã e gengibre - Dicas de uma boa capirinha!

Como disse no post anterior, no final de semana passado, viajei para a praia e preparei algumas coisinhas gostosas (pra comer e beber, claro!) e ao longo dos dias vou postando aqui para que vocês possam fazer em casa.

Hoje vou postar uma caipirinha, mas tenho certeza que você já deve estar pensando: O que esse mala quer me ensinar, se já faço caipirinha desde os 13 anos!? Calma, não vou ensinar nada, cada um prepara sua caipora do seu jeito, só vou dar alguns segredinhos para deixar sua caipirinha igual ou melhor que a do Bar Veloso (que por acaso se você ainda não conhece, não sabe o que está perdendo!) e uma combinação que fiz e costuma fazer bastante sucesso.

Caipirinha de Tangerina, Hortelã e Gengibre

  • Tangerina (prefiro a murcott)
  • Gengibre picado
  • Folhas de Hortelã grosseiramente picadas
  • Cachaça branca
  • Açúcar refinado
O primeiro segredo de uma caipirinha é a generosidade nas frutas, nada pior que aquela caipirinha com um gomo só de limão boiando entre as pedrinhas de gelo. Note que a lista de ingredientes, não tem quantidade isto porque a quantidade, cada um sabe da sua; principalmente na medida da cachaça!

Comece o preparo num copo alto, o ideal é um de 400ml. Nesta que preparei, usei 1 tangerina inteira, cerca de 15g de gengibre e 15 a 20 folhas de hortelã picadas grosseiramente por copo. Pile tudo com um pouco de açúcar (ou nada, afinal tem algumas tangerinas muito doces), depois de tudo bem amassado, preencha o copo até a boca de gelo.

Complete o copo com a cachaça (sim, pode mandar uma de vodka!) e passe tudo para dentro de uma coqueteleira (este é o segundo pulo do gato!). Agite bem a coqueteleira, se quiser deixar um pouco mais suave, agite mais algumas vezes fazendo com que o gelo derreta um pouco mais. Volte sua caipirinha para o mesmo copo e sirva com um canudo (o que facilita para você não ficar comendo bagaço!).

Só mais uma coisa: Não reparem na foto, sei que ela está tremida e desfocada, mas é que ela foi tirada depois do quarto copo!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Fritada com Brie e Tomate. Mais que uma simples omelete!

Esse final de semana, contrariando a lógica do "tá frio, então fico em SP", desci para a praia. Claro que sabia que a chuva iria me acompanhar, mas a intenção de descer para praia esse último sábado, era de simplesmente cozinhar, beber e afiar minhas faca com tranquilidade, coisa que eu já estava enrolando a tempos!

Sai carregado de utensílios e sacolas rumo a praia, o que foi até motivo de risada, afinal eram apenas 2 dias de viagem e, dentre várias coisinhas que preparei (que ao longo dos dias vou contando à vocês por aqui), resolvi primeiro dividir com vocês a minha receita do domingo de manhã (na verdade já eram 14:00!), que embora simples, sei que muita gente não sabe preparar ou  pelo menos se complica durante o processo. Estou falando de uma fritada, que aqui no Brasil chamamos geralmente de omelete, porém um termo errado, afinal a omelete tem algumas diferenças, mas isto deixarei para outro dia explicar!

Já vi prepararem omeletes (vou chamar assim, porque é como todo mundo conhece) de todas as formas, já vi também muito omelete virar ovo mexido, porque no meio do caminho a coisa desandou. Então vou mostrar o jeito mais fácil de se preparar, garanto que você nunca mais vai errar e ainda de quebra vai deixar sua família ou amigos boquiabertos com sua mega habilidade na cozinha!

Fritada com Brie e Tomate

  • 4 Ovos
  • 50ml de Creme de Leite Fresco
  • 1 Tomate maduro
  • 150g de Brie
  • 10g de Manteiga integral sem sal
  • Sal à gosto
  • Pimenta do Reino à gosto
Comece cortando o brie em cubos e o mesmo com os tomates (sem pele é melhor, mas dá trabalho e sem sementes). Quebre os ovos numa vasilha e bata bem com ajuda de um garfo ou fouet. Misture o creme de leite e bata mais um pouco, não é para aerar os ovos, mas para deixar tudo bem homogêneo. Tempere com sal e pimenta do reino e adicione o queijo e os cubos de tomate.

Numa frigideira antiaderente (de preferência de paredes retas), derreta a manteiga e espalhe uniformemente com um papel toalha.

Com o fogo baixo (leia se quase sem chama!), despeje a mistura e tampe.

Pode relaxar, vá tomar uma cerveja (bom, se for de manhã, vá preparar seu café!) e esqueça por lá cerca de uns 15 minutos, não precisa mexer e nem dar um de curioso e abrir a tampa!

A fritada vai crecer um pouco e vai cozinhar perfeitamente. Vire sobre um prato ou uma tábua e sirva.

Neste dia, acrescentei fatias fininhas de um salame artesarnal picante que meu amigo comprou. Ficou fantástico.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Geléia de Amoras frescas com Semak e Açúcar Mascavo!

Estamos na época de amoras e sei disso não porque consultei alguma tabela ou porque algum fornecedor tenha me contado; sei porque ao passar de carro perto da minha rua, cruzei três árvores carregadas de amoras, com o chão todo manchado por elas!

Fiquei louco pra descer do carro e catar um punhado para mim, mas fiquei com medo de ser flagrado pelo dono da árvore e desisti da idéia. Para a minha sorte e felicidade, minha irmã não teve o mesmo medo e me trouxe uma porção dessas frutinhas tão deliciosas e delicadas.

Resolvi preparar uma geléia, mas não essas que tem por aí que batem no liquidificador, o que pra mim é um completo despropósito. Para mim, aproveitar a  textura da fruta é importantíssimo.

Lavei uma a uma, com muito cuidado para que não desmanchassem, tarefa difícil, porque cada 3 que eu lavava, minha sobrinha comia uma!

Vamos a receita...

Geléia de Amoras frescas com Semak e Açúcar Mascavo

  • 500g de Amoras frescas
  • 100g de Açúcar mascavo
  • 50g de Semak em pó
  • 1/2 Limão espremido
  • 50ml de Água

Lave bem as amoras, retire seus cabinhos e proteja de sua sobrinha para que não coma tudo! Junte todos os ingredientes na panela e deixe cozinhando em fogo bem baixo.

Amasse com uma colher algumas amoras, mas poucas, apenas para soltar mais líquido. Depois de cerca de 10 minutos cozinhando, verifique se já está no ponto de geléia. A proporção normal de açúcar para uma geléia, é maior, mas não quis fazer algo muito doce, gosto da presença da acidez da fruta.

Uma dica e servir ainda quente sobre um bom sorvete de creme ou baunilha.

Tenho certeza que você está se perguntando que raios seria esse tal semak (se pronuncia sem o k), pois é, eu também não conhecia até pouco tempo atrás; ele é chamado também de sumac, um produto árabe, que você pode encontrar em qualquer casa especializada. Em SP indico a Maxifour ou a Saddi Center  para comprar. Muito gostoso, aqui no Brasil é o sumagre, tem sabor um pouco ácido e você acha receitas tanto salgadas como o fatouch ou doces para fazer com ele. Ela dá um gostinho todo especial à sua geléia!

Ainda a respeito do semak, tenho que agradecer a Veridiana, mãe de um amigo meu, cozinheira de mão cheia e a chef do Chez Nohad que me ajudaram a entender direito esse ingrediente até então desconhecido para mim, obrigado!

Ah, minha sobrinha adorou a geléia!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Blés Dor - O melhor café da manhã!

Gente, hoje eu resolvi começar a postar algumas dicas de restaurantes para se visitar aqui em São Paulo. Claro que não pararei com minhas receitas, nem significa que resolvi virar um crítico gastronômico e que vou sair metendo o pau em tudo quanto é restaurante!
Esse domingo fui visitar o Blés Dor, lugar fantástico, escondido no meio de moema, uma casa charmosa e cheia de surpresas.

Cheguei por volta das 11:00 (domingo acordar cedo não dá né!?) e ao entrar percebi que o lugar tava bombando, a mulher responsável por organizar as mesas estava um pouco atrapalhada, entendo, afinal todos que chegavam e se deparavam com um buffet de pães, quiches, doces, geléias e outras coisas gostosas que fazia aflorar o instinto mais guloso de cada um.
Em dois minutinhos me acomodaram numa mesinha na varanda, lugar fantástico (mesmo com o vento gelado que vinha na orelha), simples, mas com aquele charme que só encontramos (ou encontrávamos!) em cafés europeus.

Enquanto esperava um casal de amigos meus, fiquei analisando o público de lá, ao meu lado um casal que havia acabado de terminar seus exercícios matinais e pararam ali para (pelo que pude notar) detonar tudo que haviam perdido com a pedalada. Na minha frente uma família quase tradicional, só não se passava desapercebido pelo fato de estarem tomando o melhor champagne da casa; parecia uma celebração, mas depois percebi que se tratava (para eles) de apenas mais um simples café da manhã! Mais atrás um grupo de amigos que com certeza haviam acabado de chegar da balada e estavam com aquela fome de quem não comia no mínimo a 3 dias! Traduzindo, o Blés Dor atende a todo tipo de público.

Com meia hora de atraso, meus amigos chegaram e optamos pelo buffet normal de café (R$30,00 por pessoa. A outra opção é R$45,00 por pessoa e inclui espumante Salton). Iniciando os trabalhos, comecei com ovos mexidos deliciosos, mini quiches lorraine do tamanho de uma bocada e pães que são de outro mundo; feitos com levain (fermento natural), são de casca crocante e miolo denso, mas muito bem aerado, definitivamente, o melhor pão que se pode encontrar! Meu segundo round, ataquei as geléias caseiras, a qual cito em especial a de amora, fresquíssima, brilhante e doce na medida certa. No terceiro e último round, lotei o prato de doces, um melhor que o outro! Carolinas de limão com cobertura de chocolate meio amargo e chocolat praliné (parecido com um bolo cremosíssimo de chocolate) foram meus preferidos.

Difícil citar tudo o que tinha no buffet, afinal são 70 variedades que o compõem, você fica um pouco perdido e no final, você sai de lá rolando e com a certeza de que não foi um simples café da manhã, e sim, uma refeição que valeu também pelo seu almoço e jantar do dia.

Tirei algumas fotos, mas a qualidade está ruim pois foram do meu celular, mas pouco importa a qualidade da foto, vão fazer você babar de qualquer jeito!
  








O Blés Dor, além do café da manhã, tem opções de almoço, sopas, pães especialíssimos para levar e um mini empório, experimente, não vai se arrepender.

Blés Dor
Rua Tuim, 653 - Moema
Tel: 11 5532-0183
Horário de funcionamento: De terça as sextas das 7:30 as 22:30, sábados e feriados das 8:30 as 22:30 e domingos das 8:30 as 19:30.


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Salada de Frutos do Mar ao molho de Baunilha e Açafrão

Depois de uma série da dieta Low Carb, seria no mínimo provocação postar uma receita de alguma massa. Optei por um prato um pouco mais leve, para não cair totalmente na tentação dos carboidratos!

A receita que vou ensinar hoje não é exatamente algo light, mas combina com esses dias quentes que estamos atravessando em SP.

A combinação da baunilha com o açafrão talvez espante alguns mais conservadores, mas tenha  certeza de que é algo inusitado e muito saboroso.

Salada de Frutos do Mar ao molho de Baunilha e Açafrão (2 porções)
                                                                                 
                                                                                            Foto Ilustativa - Fonte http://jordanphotography.com/
  • 8 Camarões médios
  • 4 Vieras
  • 100g de anéis de Lula
  • 8 Mexilhões pequenos sem a concha
  • 100g de lascas de Salmão defumado
  • Alface frisé
  • Broto de trevo
  • 8 gomos de Tangerina
  • 30g de Farinha de trigo
  • 150ml de Leite integral
  • 30g de Manteiga integral s/sal
  • 1/2 Fava de Baunilha
  • 2g de pistilos de Açafrão
  • Sal à gosto
  • Pimenta rosa à gosto
  • 20ml de suco de Limão siciliano
  • 20g de Manteiga clarificada
Primeiramente tempere os frutos do mar com sal e o suco de limão. Numa wok (ou uma chapa) bem quente, derreta a manteiga clarificada e salteie os frutos do mar rapidamente (respeite o tempo de coocção de cada um). Reserve os frutos do mar na geladeira.

Na mesma wok, derreta a manteiga e misture à farinha, preparando um roux. Depois de cozinhar o roux por cerca de 1 minuto, adicione o leite lentamente, misturando sempre com ajuda de um fouet. É um bechamél mais líquido que o normal, portanto não estranhe.

Abra a fava e retire sua polpa com ajuda de uma faca de legumes, coloque a polpa e a própria fava no molho e em seguida o açafrão. Acerte o sal, cozinhe por 1 minuto mais, retire a fava, cubra com filme plástico (em contato com a superfície do molho) e deixe esfriar.

Monte a salada, msturando os fruto do mar já frios, o alface, o broto, o salmão defumado e os gomos de tangerina. Por cima coloque o molho e decore com pimenta rosa e se tiver à mão, algumas ciboulletes.

Frutas diversas como morangos, cerejas e flores comestíveis, combinam muito bem com esta salada. Esta é uma receita um pouco mais complexa, mas o resultado fantástico, vale o trabalho!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Gaspacho de Melância - Último da série Low Carb

Gaspacho é uma sopa fria tradicional, que talvez seja junto à paella, um dos pratos mais tradicionais e conhecidos de toda a Espanha. O que poucos sabem ou imaginam é que a base desta sopa não é o tomate e sim o pão. O pão nesta receita é utilizado para dar corpo a sopa, processo o qual também é caracterísco da sopa de açorda, típica de Alentejo.

Com certeza, já estão se perguntando o porque então estou postando na série Low Carb algo cuja a base é pão. Pois é, sou muito fã desta receita e resolvi trazer para vocês uma nova versão dela, mais leve e refrescante; e o melhor de tudo, sem pão!

Esta receita já existe a um tempo e encontramos diversas variações, porém testei algumas delas e cheguei a uma receita na qual podemos descartar o uso do pão.

Gaspacho de Melância - Low Carb
                                                                            
                                                                                Foto Ilustrativa - Fonte http://www.spicelines.com/
  • 1/2 kg de Melância, sem casca e sem sementes (reserve as sementes)
  • 100 ml de Água mineral gelada
  • 1 Pimentão verde pequeno
  • 1 dente de Alho
  • 300g de Tomates maduros, sem pele e sem semente
  • 50ml de Azeite extra virgem
  • 25ml de Vinagre de Xerez (ou Balsâmico)
  • 1 talo de Salsão
  • 20g de Salsinha finamente picada
  • Sal e pimenta do reino à gosto
Primeiramente bata no liquidificador a melância e reserve numa jarra dentro da geladeira.

Novamente no liquidificador, acrescente o pimentão, cortado em cubos, sem a parte branca interna e as sementes, os tomates, o alho, o talo de salsão, o vinagre e o azeite. Coloque a água e comece a bater. Bata bem, para que fique bem homogêneo. Coe com ajuda de uma peneira fina e leve à geladeira por pelo menos uma hora.

Enquanto espera gelar, coloque as sementes da melância numa assadeira, tempere com sal e leve ao forno à 160°C até que sequem e fiquem crocantes.

Na hora de servir, misture o suco de melância (que não foi coado) com os legumes batidos; o bagaço da melância dará o corpo nescessário à sopa. Se possível, bata um pouco mais no liquidificador, acerte os temperos e misture a salsinha picada.

Sirva com as sementes torradas por cima do gaspacho.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Dauphinoise de vegetais e cogumelos - Série Low Carb

Muitas pessoas não conhecem, outras conhecem mas não pelo nome, estou falando de uma receita clássica da cozinha francesa que é a batata dauphinoise. Eu particularmente adoro, acho perfeita para acompanhar um bom filé grelhado ou até para se comer com uma salada verde, simples e bem fresca. A dauphinoise tradicional é composta de lâminas bem finas de batatas, com um molho bechamél e queijo, gratinado.

O problema que esta receita é recheada de carboidratos e, os praticantes da dieta Low Carb, claro, têm de ficar longe dela! Então mais uma vez, coloquei a cabeça para funcionar, afim de criar algo parecido (quem sabe até melhor!) que possa substituir bem a dauphinoise.

Dauphinoise de vegetais e cogumelos
                                                                           
                                                                               Foto Ilustrativa - Fonte http://www.bbcgoodfood.com/
  • 1 Abobrinha pequena
  • 100g de Abóbora japonesa
  • 200g de Aspargos verdes frescos
  • 100ml de Fundo de vegetais
  • 150g de Shitake
  • 1 Cenoura pequena
  • 1 pote de Requeijão cremoso
  • 2 Ovos
  • 1/2 Berinjela pequena
  • 1 Alho poró
  • Sal e pimenta do reino à gosto
Primeiramente leve os aspargos com o fundo para cozinhar durante cerca de 5 minutos ou até estarem macios. Coloque num liquidificador e bata até obter um creme liso, tempere com sal e pimenta. Se quiser penere.

Corte a cenoura, a abóbora e a berinjela em lâminas bem finas com ajuda de um mandolin (se tiver intimidade com a faca, faça com ela mesmo!). Distribua tudo numa assadeira e leve ao forno já aquecido por 15 minutos, para que seque um pouco os líquidos dos vegetais.

Corte o alho poró em rodelas finas e pique finamente o shitake.

Para montar, comece com a abobrinha, distribuindo uma fina camada dela e temperando com sal e pimenta. Distribua um pouco do shitake picado e o creme de aspargos. Faça outra camada de cenoura, em seguida de alho poró e por fim de berinjela. Não se esqueça de temperar com sal e pimenta a cada camada feita.

Bata bem os ovos e misture ao requeijão, cubra os vegetais com esta mistura e leve ao forno a 160° por 30 minutos e depois gratine.